domingo, 27 de janeiro de 2008

Mad Men

Segue uma dica para quem gosta de séries, para curtir durante as férias.

Um pouco de história da propaganda, misturada com dramas do dia-a-dia.

A série Mad Men fala sobre o momento em que a publicidade começou a tomar a forma no início dos anos 60. Uma época em que essa profissão era dominada por homens, as mulheres só pensavam em arranjar maridos e não havia photoshops para mascarar uma boa idéia. Ainda assim, pouco se sabia sobre o que efetivamente os consumidores querem ou como fazer alguém escolher entre as marcas.

Segundo a própria série, o termo Mad Men foi criado nos anos 60 para designar os publicitários (Ad Men) da Madison Aveneu. Quem inventou esse termo foram os eles próprios.

Quem é publicitário pira nos detalhes históricos e nas discussões sobre grandes campanhas. Quem não é curte o drama dos personagens, que são sensasionais.

Foi criada por um dos produtores da série "Os Sopranos", o que já é uma boa referência.

Não tenho idéia quando essa série vai estrear no Brasil, mas valerá a pena.
Vejam um pedacinho da série quando Don, o personagem principal, vende para a Kodak a campanha para o novo aparelho de slides.


terça-feira, 9 de outubro de 2007

Crianças e consumo, uma relação delicada

Saiu no site da Akatu, um artigo analisando o comportamento das crianças frente aos apelos publicitários incentivando o consumo.

"O Dia das Crianças está chegando e os pais se preparam para satisfazer os sonhos e desejos de seus filhos – pequenos consumidores cada vez mais exigentes. Motivados pela propaganda e pelo exemplo do comportamento dos adultos, as crianças aguardam ansiosamente o dia 12 de outubro e os presentes que esperam ganhar. A oferta nunca foi tão grande e as crianças e jovens nunca foram tão bem informados quanto aos novos lançamentos e tendências da indústria de brinquedos, roupas, tênis e afins."

Para ler a matéria completa é só clicar aqui.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Movimento Free Burma

Hoje blogs de todo o mundo publicarão posts em favor da liberdade em Myanmar (país também conhecido como Burma, a antiga Birmânia) num movimento denominado “Free Burma”.

Quem sabe os blogs não podem mesmo ser uma fonte de pressão política? Será que conseguimos exigir um mínimo de ética de nossos políticos através de mobilizações como essa?

Espero ter alguma esperança, mas como já percebi a linha que separa o otimismo
da ingenuidade é muito tênue...

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Indicação (e publicidade pessoal de um amigo)

Segue o blog de um amigo meu sobre tendências.
Vale a pena pra saber o que vem por aí no mundo da moda, música, marketing e muito mais.
Além do blog ele dá palestras sobre o assunto caso alguem se interesse.

http://oquevemporai.wordpress.com

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Revista "Junior", uma "Capricho" gay?

Post da Mari:
Acho que essa matéria vem de encontro com o que discutimos ontem na aula do Fábio Mariano, de como lançar um produto segmentado para o público gay.

Ainda que o mote de fotos sensuais masculinas seja o principal, a variedade de informações (e de anunciantes) parece transformar esta revista em um meio de divulgação de informações e de tendências - e não somente de fotos de homens bonitos/sarados ou agenda da militância gay.

Revista "Junior", uma "Capricho" gay?
por SÉRGIO RIPARDO


Mostrar imagens de homens sarados (com o pênis ereto, de preferência) sempre foi o caminho mais fácil de conquistar a atenção dos gays (assumidos e enrustidos). Há uma necessidade real de estímulos para o prazer, em um mundo em que a nudez masculina ainda é vista como algo grotesco, imoral e de mau gosto. Nos últimos dez anos, a "G Magazine" apostou na fórmula de exibir a genitália de modelos, "big brothers", jogadores e aspirantes à fama. Neste mês, surgiu uma novidade neste mercado: chegou às bancas a "Junior" (R$ 12), revista de André Fischer e da editora Sapucaia, apostando em uma nova percepção das necessidades do público GLS.

São 116 páginas, em uma edição com acabamento primoroso. Folheando a revista, a primeira surpresa é a presença de anúncios de marcas internacionais, como Diesel e Calvin Klein. Lá fora, não é de hoje que essas grifes costumam colocar seu dinheiro em publicações com conteúdo gay, como a revista norte-americana "Out", a francesa "Têtu", a belga "Gus", a australiana "DNA", inspirações de "Junior". No Brasil, ainda havia uma resistência de grandes anunciantes em entrar explicitamente no mercado editorial gay. A "G", por exemplo, em seus editoriais, sempre reclamava dessa ausência.

É evidente que uma publicação como a "Junior" atingirá um público mais amplo do que uma revista de nu frontal, considerada "imprópria para menores". Em grupos de discussão sobre o novo título, há uma comparação interessante: a "Junior" seria uma "Capricho" gay, em referência à famosa revista de meninas,. Ou seja, o seu foco é o novo homem, os garotos que cresceram em uma ambiente social mais tolerante com a busca pela igualdade de direitos, com a diversidade sexual.

Na era da internet, esses meninos sabem achar fotos e vídeos de sexo gay com a mesma agilidade com que conversam com mais de uma pessoa em programa de mensagens instantâneas. Não gastam seu dinheiro com revistas de nu. Buscam o "algo mais" --seus interesses não se limitam ao sexo, mas englobam também áreas da cultura, como música, moda, estilo e comportamento.

Para atender a essa demanda de mercado, perde espaço a abordagem tradicional dos temas preferidos da militância (como a agenda política e legislativa e denúncias de homofobia). Ao privilegiar os apelos visuais, a revista tenta falar a língua do seu público, cativá-lo, embora também abra espaço para uma crítica ranzinza e anacrônica sobre uma despolitização, uma pauta de frivolidades, uma alienação com o mundo cor-de-rosa.

Para os mais jovens (ou juniors, com o perdão do trocadilho), o ativismo político, que marcou gerações anteriores de gays, virou retórica vazia, já era. A sigla "GLS" é vista como um conceito démodé, de tiozinho. No universo da garotada desencanada, em geral da classe média urbana, "gay" e "lésbica" são apenas rótulos, que aprisionam a sexualidade e, claro, criam problemas na família, na escola e na rua. O que eles querem saber é o que comprar, o que vestir, qual o som do momento, qual a última dos seus ídolos. Tudo isso eles encontram na "Junior", cujo segundo número deve sair em novembro. A partir daí, é esperar para ver se a fórmula comercial e editorial "pega" e como a concorrência reagirá a essa nova onda.

Fonte: Folha de São Paulo

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Haja "trading up"

Blingh2o
Custa U$40 cada garafa. São lacradas como vinho com o logo sendo feito com cristais Swarowski. Dentro temos o conteúdo, água mineral,
que na verdade é o de menos nessa história.
O site é: http://www.blingh2o.com/

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Fazemos ciência, não arte.

Todos sabemos que algumas pessoas se adaptam melhor a mudanças do que outras. A mudança pode ser simples, como mudar o caminho para casa quando a rua está em obras.

Estar disposto a adotar um comportamento diferente do da zona de conforto é influência das experiências de vida que tivemos, mas também do nosso DNA. Foi descoberto que há também um fator genético que determinam se as pessoas serão mais maleáveis e tolerantes em situações em que a resposta padrão não é apropriada.

Fonte: Folha de São Paulo

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

4ª aula - Subculturas

No início da aula foi feito uma revisão dos conceitos anteriores. Além do trading up/trading down o professor também relembrou os conceitos de:
- Adesão (biografia/biológicas/características herdadas)
- Identificação (projeto/características adquiridas)
- Modelo mental (valores)

Como novidade aprendemos o conceito de auto-engano, sendo explicado pelo exemplo das moscas-macho que se passavam por fêmeas para roubar o alimento oferecido por outras moscas-macho.

Outro assunto abordado na aula foi a pesquisa sobre classes C e D. O pressuposto foi de discutir menos sobre técnicas, metodologias e mais sobre a alma dos consumidores.

Foram abordados vários mitos sobre essa classe social, desmistificando o senso comum em afirmações como:
- classes C e D não arriscam a comprar marcas novas porque não podem errar na escolha (marcas novas de tubaínas são consumidas principalmente por essas classes)
- mito da família desunida porque não fazem a refeição juntas (causa disso é o pouco espaço nos domicílios, refeição é momento de fragmentação)
- são religiosas (tratam a religião como forma de barganha, fim funcional)
- único lazer é a televisão (TV é rotina, não é lazer; o que não existe é o break inusitado; um bom exemplo é o evento das Casas Bahia no Anhembi que ofereceu de fato um lazer)

Frase para se guardar:
"A imagem é confiável mas não é exata."

Por fim, reforçando o que o Fábio sempre fala sobre o objetivo primordial do curso. Temos de produzir conhecimento sobre o consumidor. Existem pouquissímos estudos sobre o tema e por isso nossa possibilidade de vir a contribuir significativamente com o assunto.

Pesquisa diz que há somente 4 tipos do mulheres

Vi essa matéria no Blue Bus hoje. Achei interessante para dividir com vocês.

Ela fala de um tipo de segmentação de consumidores que determina que existem somente 4 tipos de consumidoras:

Responsáveis Satisfeitas
Híbridas Naturais
Integradoras Sociais
Artistas Culturais

Além disso, o estudo coloca que essas formas de consumo se mantém no decorrer da vida e não se alteram com a idade. Ou seja, se uma mulher tiver um tipo de consumo aos 18 anos, manterá esse modelo quanto tiver 40.

O estudo é bastante interessante e acho que vale a pena dar uma olhada.

Segue o link da matéria:
http://www.bluebus.com.br/show.php?p=1&id=79030

E o link para a pesquisa original:
http://www.ampagency.com/pdf/whatWeThink/research/women_2007.pdf

domingo, 2 de setembro de 2007

Embalagens menores trarão novos desafios.

Apesar da última publicação do mês de agosto/setembro da Revista ESPM trazer boas discussões sobre o papel da embalagem e seu o futuro como mídia e parte do processo de marketing, estar próximo do dia-a-dia das marcas nos permite entrar em contato com os desafios correntes. O movimento de diminuição do tamanho das embalagens está trazendo novos desafios para o mercado de bens de consumo não-duráveis.

O Wal-Mart, maior varejista do mundo, é um dos maiores propulsores desse movimento, já que encontrou a oportunidade de economizar em toda a sua cadeia e vem desafiando todos seus fornecedores a produzirem produtos mais leves, eficientes e que façam bem para o mundo. O Wal-Mart vem dando exposição diferenciada na loja para produtos eco-friendly.

Um artigo publicado na Brandweek da semana passada comenta que a Procter & Gamble está prestes a lançar a linha Ultra2x, com fórmula concentrada e embalagens que serão a metade das anteriores, para suas marcas de higiene doméstica (Tide, Gain, Cheer, Era e Dreft). A companhia está ciente que educar os consumidores sobre as mudanças é crítico, mas acredita que será intuitiva a percepção de mudança e que por usar menos plástico terá melhor aceitação. Uma consultoria de marcas e a minha experiência com o lançamento de Comfort Essence, que diminuiu uma embalagem de 2 litros para 400 ml, mostraram que o desafio pode ser maior, porque exige uma grande mudança de habito na consumidora, porque ela demora a acreditar que com menos ela pode fazer mais. A embalagem de Comfort já traz um dosador para diminuir a chance de a consumidora errar a dose e se frustrar.

A questão da embalagem como mídia é o mais intrigante. Diminuindo o tamanho das embalagens diminui o espaço de informações sobre o produto na embalagem e o tamanho de face. A abordagem ao consumidor na loja, através de promotores ou por mídias eletrônicas terá cada vez maior relevância para trazer as informações complementares. A internet também poderá a ter cada vez mais a função de informar o consumidor para que ele chegue expert no produto, assim também como a venda - direta. A solução encontrada com Comfort Essence foi criar um apoio onde a embalagem era exposta da mesma altura dos concorrentes e onde era comunicada a inovação.

As mudanças que se seguem serão grandes. O consumidor vem aumentando a sua preferência por produtos "verdes", mas será importante entender como ele reagirá às mudanças que o passarão o seu processo de compra e até como usa os produtos.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

3ª aula - Subculturas

Nessa aula finalizamos o tema subcultura, sendo apresentados os conceitos de:
- características emblemáticas (são inventados socialmente, ex:mãe, amor)
- bens emblemáticos (garantem adesão a certos grupos)
- características adquiridas (são em sua maior parte emblemáticas)
- características biológicas (ex: necessidade das crianças em utilizar de fabulação)

Foi apresentado um trecho do filme Trapaceiros do Woody Allen, onde os protagonistas oferecem uma festa para os ricos de "berço". O intuito foi mostrar como os bens emblemáticos servem para demarcar status e riqueza, com o dinheiro servindo até mesmo para "comprar" conhecimento. Por isso a provocação do professor em perguntar: Quanto custa um livro? Por que os livros deveriam ser dados? Quanto custa o quanto você sabe? No final das contas, demonstrar mais conhecimento também é uma forma de marcar sua posição social tanto quanto ter um carro que custe caro.

Outro conceito abordado foi o fenômeno do trading up/trading down, resumido na expressão share of wallet. Um case que explica isso foi o posicionamento de lançamento da Gol. Através da política de preços baixos, a Gol ofereceu uma experiência bem mais significativa para os consumidores do que a TAM. Em vez de gastar com a passagem, cada pessoa poderia pegar o dinheiro e utilizar para melhorar sua experiência individual e particular na viagem. Sem dúvida foi uma quebra de paradigmas no marketing de serviços.

Foram indicados como leitura complementar os seguintes livros:
- Auto-engano / Eduardo Gianetii
- A cabeça do brasileiro

3ª aula - Sentidos, Percepção e Design

Primeira parte da aula: alinhamento geral com a classe, com cada um explicando o que espera da matéria.
Apresentação dos cases do Iphone e Maizena.
Foi citado o livro Brand Sense do Martin Lindstron, que vale a pena ser lido pois trata como o design pode trabalhar os 5 sentidos.
Após o intervalo: exposição das embalagens do japão

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Programa interessante para o final de semana

Cerca de 200 artistas de 30 nacionalidades participam da 8ª edição do File (Festival Internacional de Linguagem Eletrônica), no Centro Cultural Fiesp.

O evento vai até o dia 9 de setembro e ocupa a galeria de arte, o teatro e o mezanino do centro cultural com exposição, performances e palestras.

Nessa edição do File será possível contemplar trabalhos nas áreas de net art, web art, animação interativa, hipertexto, web filme interativo, cinema interativo, games, software art, inteligência artificial, robótica e música eletrônica, entre outras categorias.

Uma das novidades da edição 2007 é o grafite eletrônico, com projeções eletrônicas e interativas dos artistas Karolina Sobecka (EUA) e Jiacong Yan (China).

A programação completa pode ser acessada em http://www.file.org.br/.

Quando: de 14 de agosto a 9 de setembro (terça a sábado das 10h às 20h, segunda das 11h às 20h e domingo das 10h às 19h)
Onde: Centro Cultural Fiesp (av. Paulista, 1313, São Paulo, tel 0/xx/11/3146-7405)
Quanto: grátis

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

2ª aula - Subculturas

Essa segunda aula do Fábio foi um show a parte. Sua interpretação mostrando a experiência dele como consumidor comprando um carro, foi no mínimo divertidíssima. Como o Felipe disse, é uma comédia com conteúdo.

Um fato curioso que nos chamou a atenção foi de que a aula teve praticamente 1 slide. Ele passou todo conteúdo falando sobre os conceitos e através de cenas dos seriados Sex and the city e Desperate Housewifes. Pelo jeito nunca mais vamos conseguir assistir TV como antes.

O bom da aula é que ele tem o lado teórico muito forte, mas também consegue fazer uma ponte com a parte prática. Um fato que me chamou a atenção, foi a ênfase que ele deu no fato de estarmos perdendo o prazer de adquirir conhecimento. De certa forma concordo com ele. Tudo bem que o curso não é nem um pouco barato e ninguém está fazendo apenas por hobbie ou passatempo. Mas acho que perdemos mesmo um pouco essa satisfação de adquirir conhecimento por si só. De qualquer forma não vou ficar divagando mais sobre isso, afinal já tivemos uma discussão a respeito com mais de 50 e-mails em dois dias.

Alguns conceitos abordados na aula:
- preconceito
- in group / out group
- subcultura x estilo de vida x experiência
- bens emblemáticos / metáforas
- justificativas racionalizadas

Para próxima aula devemos ler os capítulos 3,4 e 5 do livro do Zaltman. Esse livro vale a pena comprar, o conteúdo é mesmo muito bom.