terça-feira, 9 de outubro de 2007

Crianças e consumo, uma relação delicada

Saiu no site da Akatu, um artigo analisando o comportamento das crianças frente aos apelos publicitários incentivando o consumo.

"O Dia das Crianças está chegando e os pais se preparam para satisfazer os sonhos e desejos de seus filhos – pequenos consumidores cada vez mais exigentes. Motivados pela propaganda e pelo exemplo do comportamento dos adultos, as crianças aguardam ansiosamente o dia 12 de outubro e os presentes que esperam ganhar. A oferta nunca foi tão grande e as crianças e jovens nunca foram tão bem informados quanto aos novos lançamentos e tendências da indústria de brinquedos, roupas, tênis e afins."

Para ler a matéria completa é só clicar aqui.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Movimento Free Burma

Hoje blogs de todo o mundo publicarão posts em favor da liberdade em Myanmar (país também conhecido como Burma, a antiga Birmânia) num movimento denominado “Free Burma”.

Quem sabe os blogs não podem mesmo ser uma fonte de pressão política? Será que conseguimos exigir um mínimo de ética de nossos políticos através de mobilizações como essa?

Espero ter alguma esperança, mas como já percebi a linha que separa o otimismo
da ingenuidade é muito tênue...

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Indicação (e publicidade pessoal de um amigo)

Segue o blog de um amigo meu sobre tendências.
Vale a pena pra saber o que vem por aí no mundo da moda, música, marketing e muito mais.
Além do blog ele dá palestras sobre o assunto caso alguem se interesse.

http://oquevemporai.wordpress.com

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Revista "Junior", uma "Capricho" gay?

Post da Mari:
Acho que essa matéria vem de encontro com o que discutimos ontem na aula do Fábio Mariano, de como lançar um produto segmentado para o público gay.

Ainda que o mote de fotos sensuais masculinas seja o principal, a variedade de informações (e de anunciantes) parece transformar esta revista em um meio de divulgação de informações e de tendências - e não somente de fotos de homens bonitos/sarados ou agenda da militância gay.

Revista "Junior", uma "Capricho" gay?
por SÉRGIO RIPARDO


Mostrar imagens de homens sarados (com o pênis ereto, de preferência) sempre foi o caminho mais fácil de conquistar a atenção dos gays (assumidos e enrustidos). Há uma necessidade real de estímulos para o prazer, em um mundo em que a nudez masculina ainda é vista como algo grotesco, imoral e de mau gosto. Nos últimos dez anos, a "G Magazine" apostou na fórmula de exibir a genitália de modelos, "big brothers", jogadores e aspirantes à fama. Neste mês, surgiu uma novidade neste mercado: chegou às bancas a "Junior" (R$ 12), revista de André Fischer e da editora Sapucaia, apostando em uma nova percepção das necessidades do público GLS.

São 116 páginas, em uma edição com acabamento primoroso. Folheando a revista, a primeira surpresa é a presença de anúncios de marcas internacionais, como Diesel e Calvin Klein. Lá fora, não é de hoje que essas grifes costumam colocar seu dinheiro em publicações com conteúdo gay, como a revista norte-americana "Out", a francesa "Têtu", a belga "Gus", a australiana "DNA", inspirações de "Junior". No Brasil, ainda havia uma resistência de grandes anunciantes em entrar explicitamente no mercado editorial gay. A "G", por exemplo, em seus editoriais, sempre reclamava dessa ausência.

É evidente que uma publicação como a "Junior" atingirá um público mais amplo do que uma revista de nu frontal, considerada "imprópria para menores". Em grupos de discussão sobre o novo título, há uma comparação interessante: a "Junior" seria uma "Capricho" gay, em referência à famosa revista de meninas,. Ou seja, o seu foco é o novo homem, os garotos que cresceram em uma ambiente social mais tolerante com a busca pela igualdade de direitos, com a diversidade sexual.

Na era da internet, esses meninos sabem achar fotos e vídeos de sexo gay com a mesma agilidade com que conversam com mais de uma pessoa em programa de mensagens instantâneas. Não gastam seu dinheiro com revistas de nu. Buscam o "algo mais" --seus interesses não se limitam ao sexo, mas englobam também áreas da cultura, como música, moda, estilo e comportamento.

Para atender a essa demanda de mercado, perde espaço a abordagem tradicional dos temas preferidos da militância (como a agenda política e legislativa e denúncias de homofobia). Ao privilegiar os apelos visuais, a revista tenta falar a língua do seu público, cativá-lo, embora também abra espaço para uma crítica ranzinza e anacrônica sobre uma despolitização, uma pauta de frivolidades, uma alienação com o mundo cor-de-rosa.

Para os mais jovens (ou juniors, com o perdão do trocadilho), o ativismo político, que marcou gerações anteriores de gays, virou retórica vazia, já era. A sigla "GLS" é vista como um conceito démodé, de tiozinho. No universo da garotada desencanada, em geral da classe média urbana, "gay" e "lésbica" são apenas rótulos, que aprisionam a sexualidade e, claro, criam problemas na família, na escola e na rua. O que eles querem saber é o que comprar, o que vestir, qual o som do momento, qual a última dos seus ídolos. Tudo isso eles encontram na "Junior", cujo segundo número deve sair em novembro. A partir daí, é esperar para ver se a fórmula comercial e editorial "pega" e como a concorrência reagirá a essa nova onda.

Fonte: Folha de São Paulo

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Haja "trading up"

Blingh2o
Custa U$40 cada garafa. São lacradas como vinho com o logo sendo feito com cristais Swarowski. Dentro temos o conteúdo, água mineral,
que na verdade é o de menos nessa história.
O site é: http://www.blingh2o.com/

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Fazemos ciência, não arte.

Todos sabemos que algumas pessoas se adaptam melhor a mudanças do que outras. A mudança pode ser simples, como mudar o caminho para casa quando a rua está em obras.

Estar disposto a adotar um comportamento diferente do da zona de conforto é influência das experiências de vida que tivemos, mas também do nosso DNA. Foi descoberto que há também um fator genético que determinam se as pessoas serão mais maleáveis e tolerantes em situações em que a resposta padrão não é apropriada.

Fonte: Folha de São Paulo

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

4ª aula - Subculturas

No início da aula foi feito uma revisão dos conceitos anteriores. Além do trading up/trading down o professor também relembrou os conceitos de:
- Adesão (biografia/biológicas/características herdadas)
- Identificação (projeto/características adquiridas)
- Modelo mental (valores)

Como novidade aprendemos o conceito de auto-engano, sendo explicado pelo exemplo das moscas-macho que se passavam por fêmeas para roubar o alimento oferecido por outras moscas-macho.

Outro assunto abordado na aula foi a pesquisa sobre classes C e D. O pressuposto foi de discutir menos sobre técnicas, metodologias e mais sobre a alma dos consumidores.

Foram abordados vários mitos sobre essa classe social, desmistificando o senso comum em afirmações como:
- classes C e D não arriscam a comprar marcas novas porque não podem errar na escolha (marcas novas de tubaínas são consumidas principalmente por essas classes)
- mito da família desunida porque não fazem a refeição juntas (causa disso é o pouco espaço nos domicílios, refeição é momento de fragmentação)
- são religiosas (tratam a religião como forma de barganha, fim funcional)
- único lazer é a televisão (TV é rotina, não é lazer; o que não existe é o break inusitado; um bom exemplo é o evento das Casas Bahia no Anhembi que ofereceu de fato um lazer)

Frase para se guardar:
"A imagem é confiável mas não é exata."

Por fim, reforçando o que o Fábio sempre fala sobre o objetivo primordial do curso. Temos de produzir conhecimento sobre o consumidor. Existem pouquissímos estudos sobre o tema e por isso nossa possibilidade de vir a contribuir significativamente com o assunto.

Pesquisa diz que há somente 4 tipos do mulheres

Vi essa matéria no Blue Bus hoje. Achei interessante para dividir com vocês.

Ela fala de um tipo de segmentação de consumidores que determina que existem somente 4 tipos de consumidoras:

Responsáveis Satisfeitas
Híbridas Naturais
Integradoras Sociais
Artistas Culturais

Além disso, o estudo coloca que essas formas de consumo se mantém no decorrer da vida e não se alteram com a idade. Ou seja, se uma mulher tiver um tipo de consumo aos 18 anos, manterá esse modelo quanto tiver 40.

O estudo é bastante interessante e acho que vale a pena dar uma olhada.

Segue o link da matéria:
http://www.bluebus.com.br/show.php?p=1&id=79030

E o link para a pesquisa original:
http://www.ampagency.com/pdf/whatWeThink/research/women_2007.pdf

domingo, 2 de setembro de 2007

Embalagens menores trarão novos desafios.

Apesar da última publicação do mês de agosto/setembro da Revista ESPM trazer boas discussões sobre o papel da embalagem e seu o futuro como mídia e parte do processo de marketing, estar próximo do dia-a-dia das marcas nos permite entrar em contato com os desafios correntes. O movimento de diminuição do tamanho das embalagens está trazendo novos desafios para o mercado de bens de consumo não-duráveis.

O Wal-Mart, maior varejista do mundo, é um dos maiores propulsores desse movimento, já que encontrou a oportunidade de economizar em toda a sua cadeia e vem desafiando todos seus fornecedores a produzirem produtos mais leves, eficientes e que façam bem para o mundo. O Wal-Mart vem dando exposição diferenciada na loja para produtos eco-friendly.

Um artigo publicado na Brandweek da semana passada comenta que a Procter & Gamble está prestes a lançar a linha Ultra2x, com fórmula concentrada e embalagens que serão a metade das anteriores, para suas marcas de higiene doméstica (Tide, Gain, Cheer, Era e Dreft). A companhia está ciente que educar os consumidores sobre as mudanças é crítico, mas acredita que será intuitiva a percepção de mudança e que por usar menos plástico terá melhor aceitação. Uma consultoria de marcas e a minha experiência com o lançamento de Comfort Essence, que diminuiu uma embalagem de 2 litros para 400 ml, mostraram que o desafio pode ser maior, porque exige uma grande mudança de habito na consumidora, porque ela demora a acreditar que com menos ela pode fazer mais. A embalagem de Comfort já traz um dosador para diminuir a chance de a consumidora errar a dose e se frustrar.

A questão da embalagem como mídia é o mais intrigante. Diminuindo o tamanho das embalagens diminui o espaço de informações sobre o produto na embalagem e o tamanho de face. A abordagem ao consumidor na loja, através de promotores ou por mídias eletrônicas terá cada vez maior relevância para trazer as informações complementares. A internet também poderá a ter cada vez mais a função de informar o consumidor para que ele chegue expert no produto, assim também como a venda - direta. A solução encontrada com Comfort Essence foi criar um apoio onde a embalagem era exposta da mesma altura dos concorrentes e onde era comunicada a inovação.

As mudanças que se seguem serão grandes. O consumidor vem aumentando a sua preferência por produtos "verdes", mas será importante entender como ele reagirá às mudanças que o passarão o seu processo de compra e até como usa os produtos.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

3ª aula - Subculturas

Nessa aula finalizamos o tema subcultura, sendo apresentados os conceitos de:
- características emblemáticas (são inventados socialmente, ex:mãe, amor)
- bens emblemáticos (garantem adesão a certos grupos)
- características adquiridas (são em sua maior parte emblemáticas)
- características biológicas (ex: necessidade das crianças em utilizar de fabulação)

Foi apresentado um trecho do filme Trapaceiros do Woody Allen, onde os protagonistas oferecem uma festa para os ricos de "berço". O intuito foi mostrar como os bens emblemáticos servem para demarcar status e riqueza, com o dinheiro servindo até mesmo para "comprar" conhecimento. Por isso a provocação do professor em perguntar: Quanto custa um livro? Por que os livros deveriam ser dados? Quanto custa o quanto você sabe? No final das contas, demonstrar mais conhecimento também é uma forma de marcar sua posição social tanto quanto ter um carro que custe caro.

Outro conceito abordado foi o fenômeno do trading up/trading down, resumido na expressão share of wallet. Um case que explica isso foi o posicionamento de lançamento da Gol. Através da política de preços baixos, a Gol ofereceu uma experiência bem mais significativa para os consumidores do que a TAM. Em vez de gastar com a passagem, cada pessoa poderia pegar o dinheiro e utilizar para melhorar sua experiência individual e particular na viagem. Sem dúvida foi uma quebra de paradigmas no marketing de serviços.

Foram indicados como leitura complementar os seguintes livros:
- Auto-engano / Eduardo Gianetii
- A cabeça do brasileiro

3ª aula - Sentidos, Percepção e Design

Primeira parte da aula: alinhamento geral com a classe, com cada um explicando o que espera da matéria.
Apresentação dos cases do Iphone e Maizena.
Foi citado o livro Brand Sense do Martin Lindstron, que vale a pena ser lido pois trata como o design pode trabalhar os 5 sentidos.
Após o intervalo: exposição das embalagens do japão

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Programa interessante para o final de semana

Cerca de 200 artistas de 30 nacionalidades participam da 8ª edição do File (Festival Internacional de Linguagem Eletrônica), no Centro Cultural Fiesp.

O evento vai até o dia 9 de setembro e ocupa a galeria de arte, o teatro e o mezanino do centro cultural com exposição, performances e palestras.

Nessa edição do File será possível contemplar trabalhos nas áreas de net art, web art, animação interativa, hipertexto, web filme interativo, cinema interativo, games, software art, inteligência artificial, robótica e música eletrônica, entre outras categorias.

Uma das novidades da edição 2007 é o grafite eletrônico, com projeções eletrônicas e interativas dos artistas Karolina Sobecka (EUA) e Jiacong Yan (China).

A programação completa pode ser acessada em http://www.file.org.br/.

Quando: de 14 de agosto a 9 de setembro (terça a sábado das 10h às 20h, segunda das 11h às 20h e domingo das 10h às 19h)
Onde: Centro Cultural Fiesp (av. Paulista, 1313, São Paulo, tel 0/xx/11/3146-7405)
Quanto: grátis

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

2ª aula - Subculturas

Essa segunda aula do Fábio foi um show a parte. Sua interpretação mostrando a experiência dele como consumidor comprando um carro, foi no mínimo divertidíssima. Como o Felipe disse, é uma comédia com conteúdo.

Um fato curioso que nos chamou a atenção foi de que a aula teve praticamente 1 slide. Ele passou todo conteúdo falando sobre os conceitos e através de cenas dos seriados Sex and the city e Desperate Housewifes. Pelo jeito nunca mais vamos conseguir assistir TV como antes.

O bom da aula é que ele tem o lado teórico muito forte, mas também consegue fazer uma ponte com a parte prática. Um fato que me chamou a atenção, foi a ênfase que ele deu no fato de estarmos perdendo o prazer de adquirir conhecimento. De certa forma concordo com ele. Tudo bem que o curso não é nem um pouco barato e ninguém está fazendo apenas por hobbie ou passatempo. Mas acho que perdemos mesmo um pouco essa satisfação de adquirir conhecimento por si só. De qualquer forma não vou ficar divagando mais sobre isso, afinal já tivemos uma discussão a respeito com mais de 50 e-mails em dois dias.

Alguns conceitos abordados na aula:
- preconceito
- in group / out group
- subcultura x estilo de vida x experiência
- bens emblemáticos / metáforas
- justificativas racionalizadas

Para próxima aula devemos ler os capítulos 3,4 e 5 do livro do Zaltman. Esse livro vale a pena comprar, o conteúdo é mesmo muito bom.

2ª aula - Sentidos, percepção e design

Nessa aula apresentamos as embalagens que escolhemos trazer, além de explicar o porquê dessa escolha. Apareceram muitas embalagens interessantes, sendo destacado a importância que o visual tem na percepção de uma marca.

Após as apresentações, fizemos um exercício de redesenhar 3 embalagens que trouxemos direcionando-se para o mercado da 3ª idade. Em geral todos tiveram os insights característicos de produtos voltados para esse público como: aumento da tipografia, utilização de cores mais suaves, adaptação do formato para melhor ergonomia, destaque para atributos importantes nessa faixa etária e porções menores para facilitar a conservação do produto.

Por experiência própria na área, sei que muitas vezes não é tão simples assim redesenhar uma embalagem. Uma das maiores dificuldades que encontrei foi a falta de briefing e posicionamento da marca. Antes de começar um projeto de embalagem, existe uma série de questões a ser pensada como:
- viabilidade dos processos de impressão,
- impacto do custo da embalagem no custo final do produto
- estratégia de marketing da empresa
- benchmarking com os concorrentes
- pesquisa de tendências e posicionamentos
- descarte da embalagem depois da utilização
- logística de armazenamento e transporte
- legislação sobre textos legais

Achei o exercício interessante porém, preferia que fosse realizado após um embasamento de todas as etapas do desenvolvimento de uma embalagem. Assim conseguiríamos chegar em resultados mais consistentes e efetivos para uma solução de embalagem.

Após o intervalo assistimos a um filme, mostrando o desenvolvimento de um carrinho de supermercado pela empresa de design IDEO. Ainda hoje eles são bem conceituados, possuindo um processo de trabalho que estimula a inovação. Selecionei um artigo que eles falam um pouco sobre "Design Thinking" e inovação. Para baixar o PDF é só clicar aqui.

Houve ainda tempo para a apresentação de alguns conceitos relacionados ao design. Solicitamos alguns ajustes para próxima aula, a fim de direcionar para assuntos mais próximos do consumo e comportamento.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Mostra em Berlim apresenta a evolução da sociedade pelo design

[Este texto não fala exatamente do Design ligado ao consumo, mas ainda assim o achei interessante]

O Museu das Coisas de Berlim repassa a evolução dos conceitos de funcionalidade e beleza em designs de objetos de uso diário em uma exposição que apresenta tanto o espírito de cada época, como as mudanças sociais ligadas à invenção de alguns desses utensílios.

A mostra reúne imensas poltronas talhadas em madeira, primeiras baixelas de porcelana, tesouras rudimentares, cigarro feminino, marmitas de plástico, lâmpadas de metal e jarras da Ikea (loja que inspirou a Tok & Stok). Tudo faz sentido na exposição, cujo acervo foi juntado durante mais de cem anos pela Werkbund, uma associação de artistas, designers e empresários industriais alemães.

A trajetória histórica não permite apenas a documentação do passado europeu e da inovação tecnológica --por meio de objetos como baús, jarras e cafeteiras--, mas também revela o avanço de uma sociedade em movimento contínuo e a mudança social a partir do design industrial alemão.

O visitante da exposição "A Luta dos Objetos: 100 Anos da Werkbund" vai se surpreender com as peculiaridades de certas peças, como os travesseiros bordados com a imagem de Adolf Hitler ou as miniaturas do "Führer", exibidas na instalação "A Beleza Entre 1933 e 1945".

Os jogos de chá com o emblema das Olimpíadas de 1936 e os copos e bandeiras com os símbolos do nazismo são alguns dos elementos classificados como "Kitsch Nazista".

Esse sentido particular da estética ganha mais espaço na instalação "A Beleza da Pobreza". Nela, metais oxidados e objetos um pouco quebrados lembram a miséria subseqüente à derrota alemã na II Guerra Mundial.

O museu faz uma homenagem particular ao fabricante de eletrodomésticos Braun, cujos televisores, espremedores e até barbeadores elétricos fizeram parte de muitos lares europeus.

O Museu das Coisas, inaugurado em comemoração ao centenário da Werkbund, apresenta as diferenças que separaram as duas Alemanhas --inclusive com designs de objetos cotidianos-- até a reunificação, em 1990.

O corpo humano também é objeto de interesse, do ponto de vista do designs. Os intelectuais da Werkbund reuniram em sua coleção desde modelos anatômicos de pés e mãos a bustos das primeiras manequins de chapéus ou perucas, bonecas Barbie estilizadas e o rechonchudo boneco da empresa Michelin.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

A força da idade

As empresas descobrem o poder de compra da turma com mais de 60 anos. Juntos, eles consomem R$ 7,5 bilhões por mês

Aqui no Brasil depois de décadas sendo ignorados pelas empresas, eles foram rebatizados: de terceira idade para a melhor idade. Esqueça a imagem da vovozinha tricotando ou do aposentado jogando xadrez na praça. Hoje, com uma expectativa de vida maior, mais saúde e bom poder aquisitivo, a turma dos 60 para cima viaja, cuida da aparência e, sobretudo, consome produtos e serviços desenvolvidos especialmente para eles.

Matéria que saiu na IstoéDinheiro, para ler ela completa é só acessar: http://www.terra.com.br/istoedinheiro/ e procurar pela matéria Força da idade

Dica da Maria Luisa

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

O artigo publicado abaixo com tradução

Publicação: O Estado de S. Paulo - Economic News

Data: 13 de Agosto de 2007

Embalagens agora são anúncios para chamar a atenção dos consumidores

Nos últimos 100 anos, a Pepsi mudou a aparência de sua lata - e, antes disso, de suas garrafas - apenas dez vezes.

Neste ano, contudo, vai mudar de apresentação a cada intervalo de algumas semanas. A Kleenex, depois de manter caixas quadradas e retangulares por 40 anos, começou a vender lenços em pacotes ovais. As garrafas de Coors Light agora têm rótulos que ficam azuis quando a cerveja atinge a temperatura adequada na geladeira. E os recipientes de sabonete líquido Henry the Hippo, da Huggies, têm uma lâmpada que pisca durante 20 segundos para mostrar às crianças por quanto tempo elas devem lavar as mãos.

Os fabricantes de bens de consumo, que outrora viam as embalagens principalmente como contêineres para o envio de produtos, agora as usam mais como anúncios tridimensionais para atrair a atenção dos compradores.

A mudança ocorre principalmente por causa da internet e da proliferação de centenas de canais de televisão, o que significa que as companhias não têm mais a certeza de que os consumidores verão seus comerciais.

Por isso, elas estão usando suas garrafas, latas, caixas e pacotes de plástico para melhorar as vendas atraindo o olhar dos consumidores, que freqüentemente tomam a maioria das decisões de compra na última hora, diante das prateleiras.

"A mídia está fragmentada e não conseguimos encontrar as pessoas", diz Jerry Kathman, executivo-chefe da LPK, agência de publicidade sediada em Cincinnati. "Não podemos fazê-los sentar e ouvir nosso argumento num anúncio na televisão. A embalagem pode transmitir esse argumento." Na década de 90, a maioria dos desenhos de embalagens ainda era mantida por sete anos ou mais. Agora, a vida média diminuiu para dois anos.

Os compradores também se acostumaram a procurar um pequeno chamariz visual nas prateleiras à medida que o design se transformou numa ferramenta de marketing essencial. Na publicidade da rede Target Stores, por exemplo, o design é um dos principais temas. "Os consumidores procuram o que é novo", diz Kimberly Drosos, diretora de embalagens da Unilever, que recentemente mudou o formato do xampu Suave pela primeira vez em 25 anos e vende potes de gel para banho Axe com a forma de joysticks de videogame.

Há várias outras razões por trás do fenômeno. Algumas mudanças ocorrem porque as companhias procuram reduzir o tamanho e o impacto ambiental de suas embalagens, ou por causa de abordagens novas e criativas para velhos produtos (a Orbit agora vende gomas de mascar num pote desenhado para se encaixar no porta-copos de um carro).
Algumas marcas proclamam que detergentes e outros produtos de limpeza são atraentes o bastante para ficar à mostra, em vez de nos armários. "É uma maneira econômica de levar novidade até a casa das pessoas", afirma Becky Walter, diretora de projeto da Kimberly-Clark. "Elas não precisam sair e comprar móveis novos."

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Artigos da matéria de sub-cultura

"Ambos os textos são para próxima aula.
São pequenos e muito, muito gostosos.
Obrigado.

Fábio"


Para baixar os textos é só clicar nesse link e acessar o disco virtual que fiz para nossa turma, quem precisar da senha me mande um e-mail.


Disco Virtual

1ª aula: Subculturas

Acho que algumas pessoas já tiveram aula com o Fábio Mariano, que é o professor nessa matéria. Pelo menos a minha primeira impressão é de que não vamos ter vida fácil. Logo de cara ele nos passou uma bibliografia obrigatória de 4 livros para ler.

Desses 4 acabei pesquisando o que ele falou que era fundamental. Pesquisei o preço do livro do Zaltman, Gerald - Afinal, o que os clientes querem? - sendo que o lugar mais barato é no site da Fnac. Lá sai por R$ 84,00 enquanto em qualquer outro lugar vai custar pelo menos R$ 100,00. Se alguém tiver alguma dica com preços melhores é só falar.

Sobre a aula eu gostei e achei que ele domina bastante a matéria. Muito interessante a forma como os conceitos foram levantados. Principalmente os de formação de identidade e influência social dentro das nossas definições de valores. Um exemplo citado foi do papel da mãe não ser algo biológico, mas sim, socialmente construído. Nessa hora, a Márcia quase teve um troço no meio da aula.

Assim que ele passar o artigo mando para todo mundo.

1ª aula: Sentidos, Percepção e Design

A primeira aula sobre essa matéria pareceu bastante voltada para design de embalagem. A professora Sofia passou uma breve história do design, citando dois importantes movimentos que foram a Art Noveau e a Bauhaus. No final nos pediu para fazer um mapa mental com o objetivo de saber a bagagem da turma sobre o tema, e dessa forma alinhar as expectativas do curso.

Para próxima aula devemos levar uma embalagem (física) não virtual nem foto, segundo palavras da própria professora, e também um texto sobre o motivo da escolha dessa embalagem.
Além disso, também é necessário levar:
- papel sulfite (4 folhas)
- canetinhas coloridas
- lápis de cor

Vamos ver o que vai rolar na aula!!! Será que vamos brincar de designer?